No dia 04/03, o Vivendo e Aprendendo completou 7 anos de existência! 7 anos compartilhando receitas, dicas, experiências... Na ocasião, fiz um post tímido, sem muito alarde, apenas para não passar em branco uma data que sempre lembrarei com muito carinho. Quanta coisa aprendi nestes 7 anos, quantas receitas deliciosas, quantas pessoas conheci, quantos amigos conquistei! Havia muitos motivos para comemorar! Porém, naquele momento, estava vivendo um pesadelo! Tinha acabado de descobrir a minha intolerância a lactose! Passou um filme na minha cabeça! Já fiquei me imaginando dando adeus ao leite condensado, beijinho, brigadeiro, bolo de aniversário, queijo minas, pão de queijo que tanto amo! Como ficar sem os bolos e doces que adoro preparar? E o blog? O que será do blog? Como uma blogueira de culinária que ama preparar guloseimas deliciosas vai ficar sem o leite (lembrando que quando falo leite, falo também de todos os seus derivados)? Será que existe vida sem o leite? Pensei!!! Passado o impacto da notícia, respirei fundo e disse a mim mesma: você consegue!!! Comecei a ficar animada quando fui ao supermercado e encontrei vários produtos sem lactose, comecei a enxergar uma luz no fim do túnel. Fiz o meu primeiro bolo sem lactose, não achei muita diferença do bolo normal, principalmente no que diz respeito ao sabor que é o mais importante. Fiquei contente!
Bolo de banana sem lactose |
Fiz também estrogonofe de frango sem lactose. Ficou delicioso!
Que maravilha!! Dá sim para ser feliz com os produtos sem lactose, pensei!! Mas a minha felicidade durou pouco! Quando retornei ao médico para levar o resultado dos meus exames, além dele me dizer que a minha intolerância à lactose era muito severa (sabia da intolerância, mas não sabia que era tão severa), ele me disse que eu também tinha alergia ao leite (APLV - alergia à proteína do leite de vaca). Oi? Como assim, gente?! Além da IL (intolerância à lactose) também tenho APLV??? E eu disse a ele naquele momento: qual a solução, doutor? E ele: "tirar o leite da sua vida!" Quer dizer, então, que nem leite sem lactose eu posso? "Nada de leite", ele disse! Novamente um filme passou na minha cabeça. E agora? Se antes estava ruim, agora ficou pior!!! Bem diz o meu marido: se está ruim, não reclame, pois pode piorar! Agora sei bem disso!
E é isso, meus amigos! Essa é a situação em que me encontro: nada de leite! Confesso que fiquei totalmente perdida! Ainda estou num período de readaptação e redescobertas na cozinha, ainda não me encontrei! Parece que tudo que um dia eu aprendi, desaprendi! É preciso recomeçar! O próximo passo será procurar um Nutricionista para me ajudar, pois tem dia que, sinceramente, não sei o que comer! Emagreci horrores, mas tenho fé em Deus de que tudo vai dar certo, agora é questão de tempo e disciplina, porque a tentação é muita, nesta fase é muito difícil resistir aos doces que na grande maioria leva leite e seus derivados, não são só os doces, tem também as pizzas, lanches, salgadinhos de festa e tantas outras delícias... Mas o jeito é erguer a cabeça e recomeçar!
Apesar de toda essa reviravolta na minha vida, agradeço a Deus porque agora tenho um diagnóstico! Passei um ano e meio sem saber o que eu tinha, o por quê passava tão mal! Agora eu sei! É o danadinho do leite que, de mocinho foi a vilão! Um vilão impiedoso que causa tantos estragos em mim! Mas, graças a Deus é isso e não algo mais grave que não tenha solução! Se a solução para mim é tirar o leite da minha vida, que assim seja! Conto com a ajuda de todos vocês!
E por falar nisso, gostaria de agradecer demais a ajuda incondicional da minha família, do meu marido e de modo muito especial da Andréa do blog Quitutes da Andréa! Ela tem sido uma amiga muito querida e atenciosa, que tem me ajudado bastante nesse momento difícil. Ela tem se empenhado muito preparando receitas sem leite para mim e me dando muitas dicas também de como posso preparar pratos substituindo os ingredientes que não posso comer por outros (lembrando que também sou alérgica ao amendoim, misericórdia! Rs). Não tenho palavras para agradecer tanto carinho e dedicação! Sinto-me lisonjeada com o empenho dela em me ajudar! Ela está me mostrando com as suas receitas e dicas que há vida sim sem o leite! O que posso dizer? Muito obrigada, minha amiga, de todo o meu coração! Você não sabe o quanto tem me ajudado não só com suas receitas, mas também com suas palavras de carinho, força e fé! Deus te abençoe muito!! ❤❤
E a todos vocês que me acompanham, que deixam comentários, enviam e-mails... muito, muito obrigada pela presença e o carinho! Espero continuar contando com o apoio de vocês que é muito importante pra mim! Deus abençoe a todos! ❤
Olá meus amigos, houve uma reviravolta no meu caso! Depois de realizar novos exames pedidos por um outro médico, constatou-se que eu não sou alérgica à proteína do leite, mas a intolerância à lactose foi constatada. Se eu não sou alérgica ao leite, por que, então, às vezes, eu passava mal consumindo alimentos mesmo sendo sem lactose? O médico me explicou que pacientes com um nível alto de intolerância à lactose, como eu, não devem consumir nenhum tipo de leite de origem animal, mesmo os ditos "zero lactose", porque vai passar mal do mesmo jeito. Ele explicou, explicou, mas confesso que naquele momento minha cabeça estava flutuando e eu não entendi nada! kkk. Com o tempo, depois de muito ler e pesquisar sobre o assunto, depois de muitas perguntas, idas ao médico eu comecei a entender. O que acontece é que não existe uma tecnologia para retirar a lactose do leite, o que as empresas fazem é colocar na fabricação dos produtos uma enzima chamada lactase, enzima esta que quebra a lactose facilitando assim a digestão e que o organismo dos intolerantes de grau alto, não produzem mais. O problema é que, dependendo da quantidade de lactase usada pelos fabricantes para quebrar a lactose, pode não ser suficiente para os intolerantes de grau alto e por isso eles acabam passando mal, o que é o meu caso. Por isso o médico que me deu o primeiro diagnóstico me orientou a tirar o leite da minha dieta (mesmo os zero lactose) para que eu não corra o risco de passar mal e possa ter uma melhor qualidade de vida. Resumindo a história, eu tirei o leite da minha vida logo que veio o primeiro diagnóstico, mas depois que descobri que não sou alérgica à proteína do leite, confesso que voltei a consumir alguns produtos zero lactose, às vezes eu passava mal, às vezes não! Com o tempo fui aprendendo a lidar com isso e hoje sei quais os produtos zero lactose que me fazem mal ou não e por quê! Na verdade é assim: primeiro de tudo, é preciso conhecer o nosso organismo. O corpo fala e, por isso, devemos ficar atentos a toda e qualquer reação quando ingerimos algum alimento ou produto zero lactose. Tudo eu vou anotando no meu celular, o que eu comi e como o meu organismo reagiu. Essa prática tem me ajudado muito. Por exemplo: Certas marcas de produtos zero lactose me fazem mal, outras não. As que me fazem mal já descartei, não como mais.
A quantidade de alimentos ou produtos zero lactose ingerida também é importante. Se eu comer requeijão zero lactose no pão no café da manhã, já não posso mais comer requeijão zero lactose nesse dia que, com certeza, vou passar mal; se eu comer manteiga zero lactose e uma fatia de bolo zero lactose já atingi a minha cota, se eu comer mais alguma coisa zero lactose nesse dia, certamente vou passar mal. Por isso o mais importante é ir conhecendo, descobrindo os limites do nosso organismo.
E a todos vocês que me acompanham, que deixam comentários, enviam e-mails... muito, muito obrigada pela presença e o carinho! Espero continuar contando com o apoio de vocês que é muito importante pra mim! Deus abençoe a todos! ❤
******ATUALIZADO EM 13/07/17******
Olá meus amigos, houve uma reviravolta no meu caso! Depois de realizar novos exames pedidos por um outro médico, constatou-se que eu não sou alérgica à proteína do leite, mas a intolerância à lactose foi constatada. Se eu não sou alérgica ao leite, por que, então, às vezes, eu passava mal consumindo alimentos mesmo sendo sem lactose? O médico me explicou que pacientes com um nível alto de intolerância à lactose, como eu, não devem consumir nenhum tipo de leite de origem animal, mesmo os ditos "zero lactose", porque vai passar mal do mesmo jeito. Ele explicou, explicou, mas confesso que naquele momento minha cabeça estava flutuando e eu não entendi nada! kkk. Com o tempo, depois de muito ler e pesquisar sobre o assunto, depois de muitas perguntas, idas ao médico eu comecei a entender. O que acontece é que não existe uma tecnologia para retirar a lactose do leite, o que as empresas fazem é colocar na fabricação dos produtos uma enzima chamada lactase, enzima esta que quebra a lactose facilitando assim a digestão e que o organismo dos intolerantes de grau alto, não produzem mais. O problema é que, dependendo da quantidade de lactase usada pelos fabricantes para quebrar a lactose, pode não ser suficiente para os intolerantes de grau alto e por isso eles acabam passando mal, o que é o meu caso. Por isso o médico que me deu o primeiro diagnóstico me orientou a tirar o leite da minha dieta (mesmo os zero lactose) para que eu não corra o risco de passar mal e possa ter uma melhor qualidade de vida. Resumindo a história, eu tirei o leite da minha vida logo que veio o primeiro diagnóstico, mas depois que descobri que não sou alérgica à proteína do leite, confesso que voltei a consumir alguns produtos zero lactose, às vezes eu passava mal, às vezes não! Com o tempo fui aprendendo a lidar com isso e hoje sei quais os produtos zero lactose que me fazem mal ou não e por quê! Na verdade é assim: primeiro de tudo, é preciso conhecer o nosso organismo. O corpo fala e, por isso, devemos ficar atentos a toda e qualquer reação quando ingerimos algum alimento ou produto zero lactose. Tudo eu vou anotando no meu celular, o que eu comi e como o meu organismo reagiu. Essa prática tem me ajudado muito. Por exemplo: Certas marcas de produtos zero lactose me fazem mal, outras não. As que me fazem mal já descartei, não como mais.
A quantidade de alimentos ou produtos zero lactose ingerida também é importante. Se eu comer requeijão zero lactose no pão no café da manhã, já não posso mais comer requeijão zero lactose nesse dia que, com certeza, vou passar mal; se eu comer manteiga zero lactose e uma fatia de bolo zero lactose já atingi a minha cota, se eu comer mais alguma coisa zero lactose nesse dia, certamente vou passar mal. Por isso o mais importante é ir conhecendo, descobrindo os limites do nosso organismo.
Com o tempo a gente vai aprendendo o que faz mal e o que não faz. Claro que uma vida sem leite e seus derivados, incluindo os "zero lactose" (é leite do mesmo jeito, né?! Rs) seria o ideal para quem tem essa limitação na vida, é a certeza de nunca mais passar mal, mas falar é fácil, na prática é muito difícil, mas quem sabe um dia eu chego lá!
Estou compartilhando dessa minha nova experiência no intuito de ajudar a quem está passando pela mesma situação, lembrando que cada organismo responde de um jeito, não é uma regra, às vezes o que faz mal pra mim não faz pra você e vice-versa. No início é desesperador, parece que a gente não vai se adaptar nunca com a nova rotina alimentar, mas com o tempo você vai percebendo que não é um bicho de sete cabeças e muito menos o fim do mundo. Há vida sim sem leite e uma vida ainda mais saudável. 😉