Numa cidade pequena do interior de São Paulo, vivia uma família simples e humilde. Os pais trabalhavam duro para criar a única filha Melissa Jones, uma criança tímida, mas muito alegre e inteligente. No auge dos seus 3 anos de idade, os pais começaram a observar que ela passava muito tempo falando sozinha, no meio dos seus brinquedos como se estivesse alguém ali junto dela. Mas naquele momento não se preocuparam, pois pensaram logo que ela, assim como tantas outras crianças, deveria ter um amiguinho imaginário, com quem brincava, ria e até brigava, isso é normal, pensaram!
Com o passar do tempo, Melissa não mais conversava com o amiguinho imaginário que ela chamava de Ivo, aos 10 anos de idade ela começou a ter sonhos estranhos com um jovem que pedia ajuda, sempre era o mesmo sonho com o mesmo jovem! Ela contava para a mãe todas as vezes, mas a mãe dizia que ela não se preocupasse, pois era apenas um sonho e sonhos não são reais.
Quando Melissa completou 20 anos de idade a mãe dela caiu numa depressão muito profunda que médico nenhum descobria a causa do mal. Na noite anterior a morte de sua mãe, Melissa sonhou com o jovem de sempre, mas desta vez ele não pediu ajuda, mas disse a ela que fosse forte. Melissa acordou assustada, correu para o quarto da mãe que estava agonizante e ficou atônita quando a mãe, no seu leito de morte, pediu a filha que não negasse ajuda ao jovem e após dizer essas palavras morreu!
Certa noite, ao sair da faculdade, Melissa se juntou a um grupo de amigos que a convidaram para participar da brincadeira do copo, ela topou e ao chegar no local se deparou com uma mesa no centro da sala e sobre a mesa tinha um papel com o alfabeto, números de 0 a 9 e um copo no centro de tudo. Os jovens ficaram ao redor da mesa e com as mãos estendidas sobre o copo, começaram a rezar e a perguntar: “tem alguém aí?” O copo começou a se mexer e percorreu pelas letras I, V e O. Quando Melissa viu o nome Ivo ficou nervosa, saiu correndo, os jovens sentiram um vento forte passando pela sala, o copo caiu no chão e quebrou. Melissa chegou em casa muito nervosa, a cena do copo não saía da sua cabeça, sobretudo o nome, pois se lembrava muito bem de que Ivo fora seu amiguinho imaginário até os 7 anos de idade. E neste momento pensou que o jovem do sonho poderia também ser Ivo pedindo ajuda, mas como ajudá-lo?
Três dias se passaram, Melissa retornava de uma festa, já tarde da noite, estava indo em direção onde o seu carro estava estacionado quando sentiu que alguém a estava seguindo, ela hesitou em olhar para trás, apertou o passo e saiu em disparada, correu mais que as suas pernas puderam correr e, de repente, sua corrida foi interrompida por alguém que a agarrou pelo braço, ela olhou assustada e se deparou com um jovem que dizia: “sou eu!” Ela perguntou: “Quem é você?” E o jovem apenas dizia: “sou eu, me ajuda!” E ela perguntou: “Ivo?” E o jovem apenas dizia: “Me ajuda!” E completou: “diga aos meu pais que estou bem!” “Mas quem são seus pais?”, perguntava ela! O jovem desapareceu…
Melissa chegou ao local onde seu carro estava estacionado, mal conseguia colocar a chave no contato e dar a partida, mas ela só queria sair dali o mais rápido possível! Acelerou mais que podia, as lágrimas não a deixavam enxergar o que vinha pela frente e acabou atropelando um ciclista. Ela entrou em pânico, mas conseguiu ligar para o resgate. Ela correu até o ciclista caído no chão, viu que ele estava desacordado.
No hospital, Melissa estava na sala de espera aguardando notícias do homem que atropelara quando chega um mulher desesperada perguntando pelo marido, ela ficou olhando de longe o desespero daquela mulher quando os seus pensamentos foram interrompidos pelo médico que deu a ela a notícia de que o ciclista estava bem! Ela pediu para vê-lo e ao entrar no quarto viu que a mesma mulher que havia visto em desespero na recepção estava abraçada ao ciclista. Ela se prontificou a dar toda a ajuda necessária ao homem que havia atropelado e se ofereceu para levá-lo para a casa no dia seguinte quando o ciclista teria alta do médico.
No dia seguinte e na hora marcada, Melissa foi ao hospital para levar o homem para casa, estava também a sua esposa e no caminho, foram conversando, se conhecendo… A mulher do ciclista atropelado começou a contar que ela ficou desesperada com medo de perder o marido, pois não ia suportar a dor de perder outra pessoa que amava e começou a chorar. Ao se acalmar, contou que há 20 anos atrás eles haviam perdido um filho jovem que caiu de uma embarcação pesqueira em alto mar e o corpo nunca foi encontrado. A mulher chorando dizia: “sofro e choro a morte do meu filho a cada dia! Acho que ele não está em paz porque não pude dar a ele um enterro digno” e completou: “Pobre do meu filho Ivo!”
Ao ouvir o nome Ivo, Melissa parou o carro, se voltou para o banco de trás, segurou firme as mãos trêmulas da senhora e disse: “eu não tenho como explicar agora pra senhora, porque é uma longa história, mas creia, Ivo está bem!” A partir deste momento, formou-se um laço de amizade muito grande entre Melissa e os pais de Ivo. Eles decidiram fazer um enterro simbólico para Ivo onde todos os dias Melissa leva flores e acende velas em seu túmulo e uma vez por mês ela pede para rezar uma missa pela alma de Ivo.
Melissa se casou aos 30 anos e um dia sentada na poltrona lendo um livro, sua filha de 3 anos, Júlia, veio correndo na sua direção, deu-lhe um beijo no rosto e disse: “mamãe esse beijinho é pra você, o Ivo disse que está muito feliz!” Melissa abraçou a filha e sorriu com o coração cheio de paz.
História baseada em fatos reais.
Esta foi a minha participação na 38ª Blogagem Coletiva, a 1ª de 2014, promovida pela querida Patricia Galis do blog Café entre Amigos. Eu dei uma florida nesta história, mas de fato ela aconteceu com a minha amiga de faculdade, nunca mais esqueci, pois presenciei de perto alguns desses momentos, como as nossas longas conversas sobre os sonhos que ela tinha com esse jovem e as coisas estranhas que a sua mãe dizia antes de morrer. Cabuloso…
Meus amigos, ficarei fora da blogosfera por alguns dias, volto na semana que vem com mais Vivendo e Aprendendo pra vocês! Até lá!
Beijos
UAU!! De arrepiar!!! Linda história, muito bem contada!!bjs praianos,chica
ResponderExcluirParabéns pela linda e emocionante participação, Sileni
ResponderExcluirGostei demais!
Um beijo carinhoso de
Verena e Bichinhos
Ficou sensacional sua postagem adorei mesmo.
ResponderExcluirOi miga linda, acho que no fundo todo mundo já teve ou ainda tem um amigo imaginário. A diferença é que nem todos aceitam ou assumem a siituação kkkk
ResponderExcluirAmei a história do Ivo com a tua amiga...
Si, obrigada pela dica lá no blog viu?
O meu google estava só bloqueado kkkk
Bjssss amiga
Nossa que coisa eu fiquei de boca aberta aqui.....super parabéns pela história e baseada em fatos reias ainda uauuu...a vida tem mistérios mesmo.
ResponderExcluirAgora eu não durmo... né, boneca? :D Se isso acontecesse comigo, ficaria apavorada!!
ResponderExcluirUma história real... Caramba!
Gosto de pensar que as pessoas que morrem estão melhores que nós! :)
Beijus,
Bom dia minha amiga!
ResponderExcluirEspero que esteja tudo bem por aí!
Parabéns pela participação, viajei nessa história!
Bjs, fique com Deus ♥
Gosto muito de participar das BC's promovidas pelos amigos blogueiros, sempre que posso participo, é um prazer! Muito obrigada pelos comentários, em breve retribuirei a visita de vcs! Bjs ♥
ResponderExcluirOi, Sileni, acabo de chegar lá do Laços e li sua postagem, como sempre profunda e excelente! Gosto demais, sabia? Beijão!
ResponderExcluirMuito obrigada, Maria Luiza! O Espírito Santo me conduz, sou apenas instrumento nas mãos do Senhor!
ExcluirBjs e obrigada pelo carinho! ♥